terça-feira, 29 de abril de 2014

Comunicação é mote do Dia do Trabalhador

Temática é discutida em seminário para estimular luta pela comunicação como direito garantido pela Constituição

São Paulo – A necessidade de democratizar a mídia no Brasil, na mão de poucas famílias, foi discutida na segunda 28, no seminário sindical internacional “Comunicação: O Desafio do Século”, realizado no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Proposta de um novo marco regulatório para pluralidade e diversidade nas comunicações foi debatida pela manhã pelos participantes, professor Venício Lima, membro do Conselho Consultivo da Barão de Itararé,  Sebastian Rollandi, Diretor Nacional de Relações Institucionais e Comunitárias da AFSCA (autoridade federal de serviços de comunicação audiovisual argentina) e  Franklin Martins, ex-Ministro Chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, sob mediação da secretária de comunicação da CUT Nacional Rosane Bertoti.

Na Argentina... Questionado sobre como foi o trabalho de sensibilização da população para a regulação da mídia na Argentina, Sebastian Rollandi afirmou que foi uma propaganda horizontal, voltada a diversos segmentos, com foco no público jovem, na internet, com discussão de modelos comunitários e de publicidade, tendo a universidade um papel muito importante.

Na universidade... Já o professor Venício Lima avaliou que, ao contrário do que ocorreu no país vizinho, onde a universidade teve um a participação direta no processo de ampliação do direito à comunicação, de modo geral a academia brasileira não tem dado a contribuição que deveria, no espírito pregado por Darcy Ribeiro. Ao responder uma pergunta sobre a falta de interesse da academia nas discussões, declarou falta de identificação: “Desses catálogos de congressos da área de comunicação, não me identifico com nada do que está ali”, diz.

No governo... Franklin Martins, questionado sobre os critérios de repasse publicitário governamental para incentivo de publicações que privilegiam a diversidade de conteúdos, defendeu investimento na chamada “mídia técnica” – modelo no qual um grupo de comunicação tem na publicidade estatal a fatia que possui na audiência. “Foi algo que, no governo Lula, tirou o privilégio de grupos. É positiva, mas precisa de atualização, inclusive de plataformas, com a ampliação para a internet”, aponta.

Campanha - Projeto de Lei de Iniciativa Popular das Comunicações poderá ser apresentado ao Congresso Nacional para regulamentar o que diz a Constituição em relação às rádios e televisões brasileiras. Para isso, será preciso apresentar 1 milhão e trezentas mil assinaturas.

Para participar da coleta de assinaturas e para saber mais, clique aqui: http://www.paraexpressaraliberdade.org.br/index.php/2013-04-30-15-58-11



Um comentário:

Anônimo disse...

Mari, já baixei os materiais e vou coletar o máximo de assinaturas que puder, valeu.