Temática é discutida em seminário para estimular luta pela comunicação como direito garantido pela Constituição
São Paulo – A necessidade de democratizar a mídia no Brasil,
na mão de poucas famílias, foi discutida na segunda 28, no seminário sindical
internacional “Comunicação: O Desafio do Século”, realizado no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Proposta de
um novo marco regulatório para pluralidade e diversidade nas comunicações foi
debatida pela manhã pelos participantes, professor Venício Lima, membro do
Conselho Consultivo da Barão de Itararé, Sebastian Rollandi, Diretor
Nacional de Relações Institucionais e Comunitárias da AFSCA (autoridade federal
de serviços de comunicação audiovisual argentina) e Franklin Martins, ex-Ministro Chefe da
Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, sob mediação da
secretária de comunicação da CUT Nacional Rosane Bertoti.
Na Argentina... Questionado sobre como foi o trabalho de sensibilização da população para a regulação da mídia na Argentina, Sebastian Rollandi afirmou que foi uma propaganda horizontal, voltada a diversos segmentos, com foco no público jovem, na internet, com discussão de modelos comunitários e de publicidade, tendo a universidade um papel muito importante.
Na universidade... Já o
professor Venício Lima avaliou que, ao contrário do que ocorreu no país
vizinho, onde a universidade teve um a participação direta no processo de
ampliação do direito à comunicação, de modo geral a academia brasileira não tem
dado a contribuição que deveria, no espírito pregado por Darcy Ribeiro. Ao
responder uma pergunta sobre a falta de interesse da academia
nas discussões, declarou falta de identificação: “Desses catálogos de
congressos da área de comunicação, não me identifico com nada do que está ali”,
diz.
No governo... Franklin
Martins, questionado sobre os critérios de repasse
publicitário governamental para incentivo de publicações que privilegiam a
diversidade de conteúdos, defendeu investimento na chamada “mídia técnica” –
modelo no qual um grupo de comunicação tem na publicidade estatal a fatia que
possui na audiência. “Foi algo que, no governo Lula, tirou o privilégio de
grupos. É positiva, mas precisa de atualização, inclusive de plataformas, com a
ampliação para a internet”, aponta.
Campanha - Projeto
de Lei de Iniciativa Popular das Comunicações poderá ser apresentado ao
Congresso Nacional para regulamentar o que diz a Constituição em relação às rádios
e televisões brasileiras. Para isso, será preciso apresentar 1 milhão e
trezentas mil assinaturas.
Para
participar da coleta de assinaturas e para saber mais, clique aqui: http://www.paraexpressaraliberdade.org.br/index.php/2013-04-30-15-58-11
Um comentário:
Mari, já baixei os materiais e vou coletar o máximo de assinaturas que puder, valeu.
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