Falsear. Esconder. Desviar a atenção. Veja como a imprensa age para defender o seu.
Os acontecimentos mais importantes do dia nem sempre aparecem no Jornal Nacional. E o que aparece, nem sempre é verdadeiro.
Os acontecimentos mais importantes do dia nem sempre aparecem no Jornal Nacional. E o que aparece, nem sempre é verdadeiro.
Interesses políticos e financeiros dirigem os meios de comunicação. Isso porque os anúncios (governamentais e empresariais) financiam a maior parte de qualquer jornal, televisão ou rádio.
Se muitas pessoas só acreditam vendo, o número dos que acreditam em tudo que vêem é maior. A grande mídia brasileira aproveita a falta ensino de qualidade para espalhar suas próprias verdades para a população.
Leia a seguir exemplos recentes de como os grandes meios de comunicação manipulam informações para defender seus interesses.
Isto É e Serra
A revista ISTOÉ, de 06 de abril, mostrou que a campanha eleitoral já começou e de que lado está.
Para proteger o PSDB e o governador de São Paulo, José Serra, a publicação apagou uma inscrição “Fora Serra” de uma foto feita durante um protesto do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra) e do MBA (Movimento dos Atingidos por Barragens) contra a privatização da Cesp (Companhia Energética de São Paulo).
A adulteração da foto não é apenas um tratamento dado à imagem: é uma prática condenável no exercício de um jornalismo sério.
Amorim x IG
Sem aviso prévio, o blog de Paulo Henrique Amorim foi retirado do portal da iG por Caio Túlio Costa. Interessado em resguardar seus financiadores do PSDB (envolvidos na fusão da Brasil Telecom com a Oi, negócio apoiado pelo governo federal), Costa, o diretor do iG, achou melhor rescindir o contrato com Amorim, que não se furtava a denunciar as negociatas em curso. Ninguém noticiou o fato que envolveu o renomado jornalista. http://www.paulohenriqueamorim.com.br/
Invasão do Equador
Em fevereiro, tropas colombianas invadiram o Equador e executaram líderes das Farc. A invasão do território estrangeiro causou grave crise diplomática no continente. O jornalista Cláudio Tognolli explica que, pela maneira de tratar o fato, “ os jornais O Globo, Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, revista Veja, TV Band, TV Globo, SBT, rádio CBN” apoiaram a invasão colombiana. Todos os citados desviaram a atenção da invasão do Equador pela Colômbia por um suposto envio de dólares feito por Chávez (Venezuela) às Farc, até hoje não provado.
Com a invasão, Uribe (Colômbia), apoiado pelos EUA, queria interferir nas negociações entre Chávez, Farc e França na libertação de Ingrid Betancourt para retomar sua principal plataforma política, que é a solução militar contra as Farc.
Manipulação
Desviar a atenção da população, silenciando sobre um fato importante, e dar um tratamento à notícia manipulando as fontes e distorcendo os fatos são as principais maneiras de utilizar o poder da informação a favor de alguém.
A notícia nunca é imparcial. Mas, como diz Mino Carta*, o jornalismo deveria fiscalizar o poder; não fazer parte dele.
* Mino Carta, jornalista, saiu da Veja em 1976. A revista tinha dado entrada em um pedido de empréstimo do que equivalia a 50 milhões de dólares junto ao governo militar. O empréstimo só foi aprovado quando Mino deixou a empresa. Hoje, dirige a revista Carta Capital. Em solidariedade a Paulo Henrique Amorim, tirou seu blog do IG.
Um comentário:
Há muitos outros exemplos, todo dia...
Você é meu orgulho!
Postar um comentário