Pont-Neuf onde Monsieur Gilles Morineaux, encontrado na Boîte 48, "Les Vieux Livres du Pont Neuf", em 22/10/2011, olhou para mim e disse que eu gostaria do seguinte: um livro anônimo - que dizem ter sido escrito por Diderot - "Lettres de la Religieuse Portugaise", cartas de uma religiosa portuguesa. Ela, enclausurada em seu país, ama, em segredo e a distância, um francês.
Cheguei pedindo Bataille, mas Gilles disse que uma brasileira (sem saber que eu era, pois estávamos falando em inglês) havia comprado seu único Bataille havia uma semana. Rimos quando eu disse que Bataille era pop aqui no Brasil.
Conversamos um pouco sobre meus interesses literários recentes e a dica de Gilles foi: se quiser encontrar quem mais entende de literatura erótica é Monsieur Alexandre Dupouy, de uma livraria perto do Pompidou.
Depois da conversa, feliz com a aquisição, me dirijo à ponte, sento, abro o livro numa página qualquer (aquela coisa de viagem) e arrepio, pois a maior epifania de anos e anos:
que eu entendi muito bem, mesmo com meu français trés-bizarre:
Tenho uma obsessão por essa ponte, desde "Os Amantes da Ponte Neuf", com a Juliette carinhosamente chamada de Juliette Pixote.Foi lá também que encontrei Alina Reyes, do Bestiário do Cortázar.
Estão todas lá.
E me esperam.
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