A população não tem dinheiro para comprar remédio e o trabalhador do setor não recebe aumento real significativo. Enquanto isso, os empresários das farmacêuticas enchem o bolso.
Os números mostram que a população consumiu menos remédio. Por outro lado, as farmacêuticas aumentaram muito seus lucros. O volume de vendas de medicamentos caiu 10,9% de 1997 a 2005. Enquanto isso, o faturamento das farmacêuticas mais que dobrou. (Grupemef)
O povo comprou cada vez menos medicamento porque ficou mais caro. Os laboratórios reajustaram os preços em até 49% no ano passado, segundo o Instituto Brasileiro de Defesa dos Usuários de Medicamentos (IDUM).
Controle
O governo federal controla o preço de uma lista de remédios no Brasil. A medida tem o objetivo de impedir aumentos abusivos e garantir mínimas condições de saúde da população. Cerca de 50 milhões de pessoas não têm renda suficiente para comprar medicamentos e sua única alternativa é serem atendidas pelo SUS. (Valor, Análise Setorial, 2006)
O tabelamento dos preços é feito anualmente em abril, através de um entendimento entre o governo e os empresários do setor.
Data base
Os empresários pressionarão o governo a aumentar o preço dos remédios tabelados. Este ano, usarão as reivindicações dos trabalhadores para justificar os aumentos.
Para repassar para os trabalhadores das farmacêuticas a culpa pelos aumentos dos medicamentos, os empresários do setor tiveram a idéia de mudar a data base. Antes, a data base das farmacêuticas era em novembro, junto com os químicos. Hoje a data base das indústrias farmacêuticas é em 1º. de abril, mês em que as empresas negociam com o governo.
Repasse
Os empresários vão fazer de tudo para aumentar o preço dos medicamentos este ano. Além da mudança da data base, as empresas vão querer repassar ao consumidor o aumento de impostos. O setor pagará PIS e Cofins (impostos vinculados a gastos sociais), a partir do pacote de impostos lançado em janeiro.(Folha de S. Paulo, 05/01/2007)
Quem paga
A população e os trabalhadores da indústria farmacêutica são quem pagam os lucros recordes das empresas no Brasil.
Os trabalhadores do setor não recebem aumentos reais justos e as famílias pagam caro para comprar remédios não encontrados nos postinhos.
A população deveria pressionar o governo para que o aumento de imposto não seja repassado ao consumidor.
E os trabalhadores da indústria farmacêutica, deveriam pressionar seus patrões.
segunda-feira, 3 de março de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário